Conselhos de GM's providenciais para treinamento

Amigos,
Venho trazer abordagens de grandes mestres-técnicos para acrescentar em suas ideologias de estudo. Como começar seu estudo pessoal? Um dos melhores técnicos do mundo, senão o melhor, mencionou o seguinte:

" Sucesso é o resultado de um bom trabalho balanceado em todos os componentes psicológicos e mentais da mesma forma. Deve-se selecionar os livros que realmente contenham comentários profundos e ignorar aqueles que trazem recomendações insignificantes e montanhas de variações para memorizar. " Mark Dvoretsky.

Hoje na era da informática, o computador é uma excelente fonte de informação, mas é perigoso memorizar sem controle uma quantidade de informações assumindo que é um substituto apropriado da qualidade literária. É importante ter exercícios efetivos com um critério de temas bem elaborado. Posições de estratégia ajuda muito, aliada a análise de partidas.  Como disse Petrosian: "Analise, analise, analise!". 

" Todo jogador de xadrez quando enfrenta seu oponente, também enfrenta a si mesmo. Cada batalha é uma luta interior ".

Trabalhando seu emocional:

Há um capítulo referente a “Avidez”, no livro: Los sete pecados capitales de Jonathan Rowson que no caso quer dizer “jogar pensando no resultado”. Isso se torna prejudicial pois não o deixa “jogar o jogo”, como ele diz, deveríamos “desfrutar da batalha”. 
Ele sugere que não se jogue considerando a pontuação do torneio, interesses outros externos ao jogo em si, e nisso podemos incluir jogar contra jogadores bem mais fortes. Quando sentamos já pensando que empatar é um bom negócio influirá em nossas decisões durante o jogo. Esse é o pecado de avidez pelo GM Jonathan Rowson, melhor jogador da história da Escócia, um dos melhores do Reino Unido, várias vezes campeão britânico, e que adicionalmente é um erudito, estudioso, um pensador em psicologia e filosofia do jogo de xadrez! Ele não diz isso irresponsavelmente, sabe o que está falando. (Auxílio de Rogério Félix)

Em livro do Jeremy Silman sobre a mente do amador, ele comenta sobre a influência negativa que muitos sentem ao jogar contra jogadores mais fortes. Ele sugere algo simples: não olhe nem pergunte o rating do adversário, simplesmente jogue.

Benefícios do xadrez para sua vida pessoal: 

• Auto-confiança e criatividade como: Capablanca, Tahl, Smyslov, Petrossian. 
• Determinação, usando o xadrez como ciência: Botvinnik, Fischer, Alekhine 
• Superação, poder crítico de análise como Euwe, Geller, Nimzovich, Keres, Lasker, Tarrasch; eles eram doutores, professores, e jogavam com prazer e elegância. Alguns desses decidiram se dedicar mais ao xadrez, mas de forma altamente saudável, trazendo vida e novidades teóricas e didáticas. Foram orgulho para até mesmo todo um país! 

Fiquei fascinado com as novidades do jogo posicional de Petrosian, Botvinnik e Smyslov, 
as partidas estratégicas simplesmente perfeitas de Capablanca

 e as táticas geniais de outro mundo de Tahl. 

Nota: Morphy e Steinitz eram obcecados. Fischer egocêntrico. Gênios, que tiveram tristes finais. Fizeram o mundo babar em ver suas partidas brilhantes, mas devido a problemas emocionais não conseguiram levar a maioria dos benefícios do xadrez para sua rotina. 

Técnica para se tornar um campeão!

As técnicas modernas de Treinamento de um jogador de Xadrez. Pela GM Irina Mikhailova, Treinadora, TV Petrossian Chess Club (Moscou)

" A fórmula de sucesso: ELO 2200 + 2 anos de treinamento = Mestre Internacional
De acordo com o patriarca do xadrez soviético, Mikhail Botvinnik, os quatro princípios básicos que formam a força de um jogador de xadrez são: o talento no xadrez, um caráter forte, a saúde e a preparação especial. No entanto, nos últimos tempos alguns novos métodos de formação de jogadores de xadrez surgiram. Estes são identificados através do uso extensivo de software de xadrez e computadores pessoais. Infelizmente, a exploração de software e de outros recursos para fins de formação no xadrez raramente é explicado.
Treinando e testando, 'linha base' antes do rating inicial de 2200 ser alcançado
A etapa inicial que chamamos condicionalmente a nossa 'linha base'. O objetivo nesta fase é a de adquirir uma habilidade de jogo de cerca de Elo 2200. Nesta fase um jogador de xadrez deve ter um repertorio de abertura testado com êxito que inclui 2 aberturas com as Brancas e 2 aberturas com as pretas. O jogador de xadrez tem que dominar táticas (uma taxa de 60-70 por cento de sucesso em resolução de problemas de uma dificuldade intermediaria), adquirir conhecimentos firmes sobre os fundamentos de estratégia do xadrez, ou seja, como uma avaliação da posição é desenvolvida e quais são os seus componentes, esteja familiarizado com cerca de 15-25 planos comuns dos exemplos do xadrez clássico, conhecer finais típicos do xadrez: avaliação, plano de jogo e métodos táticos padrões de aproximadamente 250 posições de finais. É necessário adquirir as habilidades de trabalhar com um computador e um software de xadrez. O processo de formação é organizado de acordo com carga de trabalho escolar e o estado físico dos alunos, cada um tem um horário individual. Uma série de concursos e jogos de treinamento destina-se a facilitar uma melhor assimilação do que foi aprendido. Depois de ter atingido sua "linha base", os jogadores começam com duração de 2 anos um curso de formação destinado a um deles alcançar o titulo de MI. (...) "

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É necessário cautela no estudo de xadrez. Você pode sentir que não está saindo do lugar, por exemplo no estudo de aberturas memorizando variantes sem entender seu propósito. Até que ponto é importante memorizar? O  conhecimento da teoria das aberturas não é certamente o mais crucial para certos treinadores (como Sveshnikov). Deve-se entender a abertura em sua essência. Saber que finais podem originar a partir dela, e já pensar em jogá-los desde o primeiro lance!

Se preparar para um torneio está muito além do que apenas sentar e jogar. A vontade de estudar deve ser maior, e com isso, se transformar em uma bagagem de uso providencial. Há uma enorme experiência disciplinar que se aprende no xadrez consequente da auto-crítica que o esporte proporciona.